Regresso?

Estive ausente. Ausente do blog e da própria vida. Senti muito a falta de aqui escrever mas uma inércia assustadora apoderou-se de mim não me deixando pensar sequer naquilo que deveria ter escrito e não escrevi. Imagino agora se a minha vida calha a ter levado outro rumo se tenho continuado aqui a escrever. Ou melhor, se calha a tomar um qualquer rumo, que isso é coisa que por estas bandas não abunda.

Creio que passou um ano e meio ou mais desde que me despedi. Ora pois que não aconteceu nadinha que preste. Pode dizer-se que foram tempos de muito trabalho, de muito cansaço, de alguma apatia perante o tédio da vida, mas também foi tempo da viagem de sonho, na melhor das companhias, a visitar a que é para mim a melhor cidade do mundo (excepção feita a Coimbra!!). É nestas alturas que repensamos o nosso lugar na vida e no mundo e duvidamos de que estejamos no lugar certo. A verdade é esta: ainda não encontrei o meu lugar ou o lugar que tenho ainda não é meu.

O tempo passa. A família envelhece. Conhecemos amigos novos. Os velhos mantêm-se e mantêm as suas qualidades e defeitos. Há dias bons, há dias maus, há dias que não deviam ser dias.

Pensamos que aos 28 é que devíamos estar mais estáveis, mais adultos, mas permanecemos iguais. Como se tivéssemos 20, mas com mais medo de fazer anos, não por envelhecer, mas por não termos nada ainda daquilo que pensámos que era garantido nesta altura. Pensamos que aos 28 ainda não sabemos o que queremos fazer profissionalmente e continuamos com medo de mudar. Pensamos que aos 28 já devíamos ter deixado de fumar porque entretanto mais de metade da vida foi passada a fumar. Pensamos que aos 28 ainda é muito cedo para pensar em abandonar a família porque sabe-se lá até quando cá estarão. Pensamos que só temos uma vida que temos que aproveitar mas não sabemos o que é isso de aproveitar. Pensamos que aos 28 é boa altura para regressar ao blog.

Está alguém aí?

Doem-me as entranhas de tanto engano.

Adeusinho, sim?

Vou-me. Quero deixar um beijinho especial à Madamme Butterfly, à Té, à Memyselfandi: as bloggers mais simpáticas que "conheci".
Gostei disto, mas não o suficiente para continuar.

Beijinhos e abraçosssss!!!!

8

8 é um número tão grande, que até o meu ucraniano vai à janela gritar Benfica.

Em Coimbra, já somos campeões.

Branquela, e depois?

Ontem num programa qualquer ouvi dizer que na Mauritânia (se não estou em erro) as mulheres mais cobiçadas são as divorciadas "cheinhas". O meu problema não é um nem outro, é o raio do tom de pele. Quantas vezes já ouvi este Verão: "Estás tão branquinha, ainda não foste à praia?" "Cuidado com o sol, olha os escaldões...".



A obsessão com o bronze dá-me que fazer. Claro que só digo isto porque serei a eterna branquela, mas conformo-me. Sei que uma pessoa morena é mais bonita, mais vistosa, tudo o que é imperfeição na pele nota-se menos, mas... e então? Vou agora torrar ao sol, durante a hora de almoço, ou correr para solários e ficar com aquele bronze acastanhado, que na verdade não é castanho nem amarelo nem laranja mas uma mistura esquisita? Não sou contra a mudança e adaptação, tanto que uso (quando há pachorra) auto-bronzeadores, mas condeno atitudes vãs pela aparência em detrimento da saúde.



Só por causa disso, aqui fica a lembrança de que há brancas bonitas!

Melissa

Gosto e quero muito:

Há noites que eu gostava que nunca chegassem.